Informações foram divulgadas em boletim preliminar do Operador Nacional do Sistema Elétrico
Quando já se imaginava que o recado das autoridades estava dado sobre o rigor da aplicação da lei para todo e qualquer ato terrorista, e que atos como os que ocorreram no Distrito Federal no último domingo (8) não iriam se repetir por parte da organização dos radicais bolsonaristas, eis que foram registadas quedas de torres de transmissão em três pontos diferentes do país, de acordo com boletim preliminar do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), divulgado nesta manhã. O fornecimento de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) não foi afetado, apesar dos danos.
A primeira queda ocorreu em Rondônia, na linha de transmissão entre Samuel (AC) e Ariquemes (RO), operada pela Eletronorte, às 21h30 de domingo.
Houve ainda uma “torção” em duas torres adjacentes, segundo a Aneel. O boletim da agência afirma que “há indícios de vandalismo”. Por sua vez, a Eletronorte afirmou que a torre foi “derrubada”, com “indícios de sabotagem”.
A segunda queda, também com “indícios de vandalismo”, de acordo com a Aneel, foi registrada na cidade de Medianeira, no Paraná, na linha de transmissão operada por Furnas entre Foz do Iguaçu (PR) e Ibiúna (SP).
Também foram danificadas três outras torres próximas. Segundo a agência, “não foram identificadas condições climáticas adversas que possam ter causado a queda de torres”.
Conforme apurações, supostamente um trator atingiu a base de sustentação da torre que teve os cabos de sustentação cortados, e ficava localizada a cerca de 50 quilômetros de Foz do Iguaçu.
No boletim, o ONS informou que às 00:13 horas da segunda-feira (9), houve realmente a queda de uma torre, mas foram registradas avarias em outras três. O incidente não afetou o fornecimento de energia, mas o ONS registrou bloqueio automático da linha. A previsão é de que os reparos sejam concluídos até a sexta-feira.
À 00:40 hora, destacou o ONS, houve bloqueio automático do fornecimento em um dos circuitos do chamado Linhão do Madeira, uma linha de transmissão com mais de 2 mil quilômetros de extensão, que conecta as usinas de Santo Antônio e Jirau ao Sudeste do país.
Por conta dos recentes ataques, o Ministério de Minas e Energia (MME) montou gabinete de crise, coordenado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Um segundo boletim do gabinete de crise confirma as informações do ONS.