Segurança define ações para combater ameaça de ato golpista na Paraíba
Diante dos recentes atos de terrorismo ocorridos no Distrito Federal, a união democrática dos estados reforçaram o pacto federativo em prol da democracia na República, mas para além de formular apenas notas de repúdio, a Paraíba, que enviou policiais para reforçar a Força Nacional, internamente também está tomando ações concretas para que o estado não seja o próximo a sofrer atos antidemocráticos e de vandalismo.
Conforme palavras do Governador João Azevêdo, que é o atual presidente do Consórcio Nordeste, é importante adotar, juntamente com os demais governadores, uma estratégia conjunta para o reestabelecimento da tranquilidade e a paz no país.
O Procurador-geral do Estado da Paraíba, Fábio Andrade, exaltou, nesta quarta-feira (11), a medida do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em proibir a execução de atos antidemocráticos nos estados do país, e reiterou a participação da Paraíba nesta medida.
“O Estado da Paraíba, como não poderia ser diferente, cumprirá integralmente a decisão do ministro para que faça valer, como eu disse, a manutenção e a preservação do estado democrático de direito do Brasil e o respeito à vontade dos eleitores, da maioria dos eleitores do Brasil, que foi manifestada no ano passado para a eleição, a diplomação, a posse e o efetivo exercício do mandato do presidente da República, disse o procurador.
Por esta razão foi formado um “comitê de crise” no estado reunindo as Forças de Segurança da Paraíba, com o objetivo de traçar um plano de contingência e alinhar ações diante da possibilidade de movimentos antidemocráticos em território paraibano. A reunião foi realizada entre o secretário da Segurança e da Defesa Social, Jean Nunes, os órgãos operativos da pasta e órgãos municipais, estaduais e federais envolvidos no Sistema de Segurança: Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Secretaria de Administração Penitenciária, Secretaria da Segurança de João Pessoa, Tribunal de Justiça da Paraíba, Ministério Público Estadual, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Agência Brasileira de Inteligência, Tribunal Regional do Trabalho, Ministério Público Federal, Tribunal Regional Eleitoral, Justiça Federal e Advocacia-Geral da União.
“Estamos com um gabinete de crise instalado desde domingo (8), tivemos reuniões com chefes de diversas instituições e precisávamos avançar um pouco mais com os responsáveis pela segurança institucional desses órgãos. Fizemos alguns alinhamentos, todas as instituições estão atentas aos pontos críticos e as agências de Inteligência em constante comunicação, para que possamos nos antecipar, compartilhar melhor as informações e dar resposta imediata caso algum fato saia da normalidade”, explicou Jean Nunes.
Foi salientado o incentivo da participação popular para contribuir com o processo de pacificação com as denúncias através dos canais próprios: “Todas as instituições têm canais de denúncia próprios e as pessoas terão o sigilo de sua identidade garantido ao contribuir com as instituições de Segurança Pública. O 197 é um desses canais, cuja ligação é gratuita”, frisou.