PGR faz pedido de inclusão do nome de Bolsonaro no inquérito dos atos terroristas, e Alexandre de Moraes acata.
Nas últimas horas o clima esquentou em Brasília com o acolhimento do pedido formulado pela PGR ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a inclusão do nome do ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito sobre os atos terroristas, nesta sexta-feira (13).
O inquérito tem como objetivo identificar e processar os “autores intelectuais” pelos atos de terrorismo no Distrito Federal no último domingo (8), quando radicais bolsonaristas planejaram e executaram a invasão e depredação das sedes dos três poderes da República, em Brasília.
Nas redes sociais do grupo as informações, orientações e convocação para o ato já estavam sendo publicadas com semanas de antecedência, utilizando-se do código “Festa da Selma”. Este tipo de ação planejada, onde se utiliza até mesmo de códigos para orientar os comparsas dos atos são típicos de organizações terroristas, assim como o financiamento para sua realização.
Não obstante os apoiadores do ex-presidente estarem auto-motivados e financiados, o próprio Bolsonaro realizava postagens ambíguas com mensagens cifradas, supostamente alimentando a esperança de um golpe nas instituições democráticas orquestradas e dirigidas sob sua proteção.
Por esta razão o ministro Alexandre de Moraes entendeu que um pronunciamento de Bolsonaro, postado e depois apagado das redes sociais no dia 10, foi mais uma das situações em que o ex-presidente se posicionou, “em tese”, de forma criminosa contra as instituições.
Moraes também afirmou que, oportunamente, será analisado o pedido de interrogatório de Bolsonaro, já que, no momento, ele está fora do país.