Dobradinha de reeleições: Câmara com Lira e Senado com Pacheco
Vitória mais que esperada e sem surpresas, o deputado Arthur Lira (PP-AL) foi reeleito em primeiro turno para seguir no comando da Câmara pelos próximos dois anos. A “bolsa de apostas” girava apenas em torno no número de votos que iria obter: teve 464 dos 513 votos possíveis, a votação mais ampla já registrada na Casa, levando consigo além do resultado um verdadeiro record.
Juntos na disputa da presidência da casa ainda estavam os deputados Chico Alencar (Psol-RJ), que recebeu 21 votos, e Marcel Van Hatten (Novo-RS), que teve o apoio de 19 parlamentares.
Mesmo tendo estado a frente da Câmara durante o grave escândalo do “Orçamento Secreto”, onde se posicionou a favor da manutenção do formato não rastreável de envio de verbas públicas, o consenso formado ao redor do seu nome mostrou uma unidade e força que deverão ser levados em conta a partir desde momento com o novo governo do Presidente Lula.
Embora a vitória fosse dada como certa, o deputado alagoano conseguiu formar ampla aliança em torno de sua candidatura, com apoio do PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e também do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, um verdadeiro feito em tempos de polaridade política acirrada no Brasil. Na maior votação registrada na Câmara até então, o vencedor conquistou 434 votos — ocorreu duas vezes, com Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), em 1991, e João Paulo Cunha (PT-SP), em 2003.