Mesmo após a negativa de licença solicitada pela Petrobras para exploração na bacia da Foz do Amazonas, considerado o “novo pré-sal” do país, o presidente Lula não descarta a possibilidade da exploração da área
O início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido de vários desafios, enfrentando questões sensíveis não só na diplomacia internacional, assim como tópicos que causam divergências até mesmo dentro da base aliada.
Desta vez, ainda durante a viagem ao Japão, na qual compareceu na reunião do G7, Lula se manifestou nesta segunda-feira (22) sobre a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas:
“Se explorar esse petróleo [da foz do Amazonas] tiver problema para a Amazônia, certamente não será explorado, mas eu acho difícil, porque é a 530 quilômetros da Amazônia”.
Este assunto, juntamente com a votação do arcabouço fiscal aguardam o presidente em seu retorno, e são vitais para que demonstre a habilidade política que necessita internamente para manter seu plano de governo.
Já na quinta-feira, a Petrobras informou que vai recorrer na decisão do Ibama em indeferir a exploração, que segundo a empresa, faz parte de um compromisso assumido com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP), e que “incorrerá em multa contratual se não for realizado”.