O Desembargador Jorge Luiz de Borba foi alvo de uma ação do PF por suspeita de manter uma funcionária surda e muda em trabalho análogo a escravidão
Conforme amplamente noticiado, o Desembargador Jorge Luiz de Borba é suspeito de manter uma trabalhadora doméstica em condições análogas à escravidão.
Os indícios estão sendo apurados pelo Ministério Público do Trabalho, e de acordo com as informações recebidas, uma série de testemunhas foram ouvidas sobre o caso, as quais relataram “trabalho forçado, jornadas exaustivas e condições degradantes”.
A vítima da exploração é surda e muda, e morava na casa do desembargador há duas décadas, sem receber salário e assistência à saúde. Além disto ela nunca teve nenhuma instrução formal e não possui o convívio social resguardado.
Segundo as alegações do desembargador, que nega as acusações, a mulher foi mantida na casa como um “ato de amor”. De acordo com ele, ela vivia na casa como membro na família “tendo recebido sempre tratamento igual ao dado aos nossos filhos”.
A defesa ainda alega que a família do suspeito pretende “reconhecer, judicialmente”, a vítima como “filha afetiva”, garantindo-lhe, inclusive, todos os direitos hereditários.