Em “caçada” internacional Interpol prende 3 funcionários da Braiscompany, ligados a Antônio Neto Ais, na Argentina
Segundo divulgado pelo portal Agenda Política, três funcionários da Braiscompany foram presos pela Interpol. A empresa de criptoativos sediada em Campina Grande que ficou conhecida nacionalmente após ser envolvida em supostos crimes contra o sistema financeiro, tem seus donos foragidos desde o início do ano.
A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), realizou nesta sexta-feira (23), prisão de três “cabeças” da suposta organização criminosa na fronteira do Brasil com a Argentina.
Ainda de acordo com apuração inicial do blog Agenda Política, a prisão de Victor Hugo, Sabrina e Arthur Lima ocorreu em Puerto Aguau, uma cidade da província de Misiones, na Argentina, localizada a 18 km da área das Cataratas do Iguaçu, no Brasil.
De acordo com a apuração, a prisão ocorreu a partir de um trabalho de inteligência da PF de Foz do Iguaçu, que conseguiu localizá-los e com a difusão vermelha ativa, os prendeu. Eles serão ouvidos ainda hoje em uma delegacia.
Até o fechamento desta reportagem ainda não havia maiores detalhes sobre a atuação de cada um deles nas irregularidades, entretanto é público e notório que os três nomes apontados tinham muita proximidade com Antônio Neto Ais, o dono da empresa, que segue foragido da Justiça e cujo nome consta na Difusão Vermelha da Interpol.
Victor Hugo, um dos apontados, tem um perfil na rede social Linkedin em que se define como “Relações Públicas na Braiscompany”. Segundo publicado pelo portal Polêmica Paraíba, Um investigador informou que ele teria, supostamente a 4ª maior “carteira” de investimentos na empresa, sendo muito próximo ao dono, Antônio Ais.
Sabrina e Arthur Lima são noivos e também teriam proximidade com Antônio Neto Ais.
Relembre o caso
No dia 16 de fevereiro, a Polícia Federal deflagrou a Operação HALVING, com o objetivo de combater crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais em tese cometidos por sócios da Braiscompany, especializada em criptoativos. Foram bloqueados, na época, aproximadamente R$ 15.300.000,00 (quinze milhões e trezentos mil reais) em contas de pessoas investigadas junto à Exchanges, onde os investimentos com criptmoedas são realizados.
No dia 24 de fevereiro, A Justiça Federal determinou, a pedido dos investigadores, as prisões preventivas de Antônio Inácio Silva Neto e de Fabrícia Farias Campos, proprietários da empresa. Ao acolher um pedido do Ministério Público Federal (MPF), o juiz Vinícius Costa Vidor também determinou a inclusão do mandado em difusão vermelha da Interpol. Antônio e Fabrícia são considerados foragidos.