Mauro Cid é investigado em diversas operações da Polícia Federal. Entre elas, a que apura venda ilegal de joias da Presidência da República
O tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF). A informação foi confirmada pelo Metrópoles nesta quinta-feira (7/9).
Com o acordo, Cid deve fornecer informações sobre uma série de esquemas de corrupção e irregularidades envolvendo Bolsonaro e seus aliados. Entre os casos investigados, estão a venda ilegal de joias e outros objetos do acervo da Presidência da República, o esquema de fraude nos cartões de vacinação e as ações do hacker Waler Delgatti Neto contra o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O acordo ainda precisa ser homologado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, a confirmação da PF é um sinal de que Cid está disposto a colaborar com as investigações.
A delação de Cid pode abrir uma caixa de pandora de denúncias contra Bolsonaro e seus aliados. O ex-ajudante de ordens é um dos homens mais próximos do ex-presidente e tinha acesso a informações privilegiadas.
Se as informações de Cid forem comprovadas, elas podem levar a novas acusações e até mesmo à abertura de processos contra Bolsonaro.