Em meio a um cenário político em transformação, partidos brasileiros buscam novas estratégias de sobrevivência e fortalecimento para as eleições de 2026. Duas iniciativas distintas ilustram essa movimentação: a formação da federação União Progressista, entre União Brasil e Progressistas (PP), e a proposta de fusão entre PSDB, Podemos e Solidariedade.
A União Progressista foi anunciada oficialmente em 29 de abril de 2025, fruto de negociações iniciadas em março entre os líderes Antônio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP). A presidência da federação será compartilhada entre ambos até dezembro, quando um novo líder será eleito. Com 2,4 milhões de filiados, a federação busca consolidar uma força política significativa no Congresso Nacional.
Paralelamente, o PSDB descartou fusões com PSD e MDB, optando por negociações com partidos menores como Podemos e Solidariedade. A decisão visa preservar a identidade programática do PSDB e evitar subordinação a legendas maiores. O partido, que enfrenta uma crise de representatividade, busca reverter sua trajetória de declínio e já considera lançar o governador Eduardo Leite como candidato à presidência em 2026.
As federações partidárias, introduzidas pela legislação eleitoral, permitem que partidos atuem conjuntamente por um período mínimo de quatro anos, funcionando como uma única legenda nas eleições e no Congresso. Essa estrutura oferece uma alternativa à fusão total, permitindo alianças programáticas mais flexíveis e respeitando a autonomia das siglas envolvidas.
Essas movimentações refletem a busca dos partidos por maior representatividade e influência política, adaptando-se às novas regras eleitorais e ao cenário político em constante mudança. Com a aproximação das eleições de 2026, novas alianças e reconfigurações partidárias devem continuar a surgir, moldando o futuro político do país.