A comitiva de 19 autoridades municipais e estaduais brasileiras, com o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas), permanece retida em Israel após o espaço aéreo ser fechado devido à escalada dos confrontos entre Israel e Irã.
Situação no local
Desde a madrugada de sexta-feira, alertas de bombardeio são acionados em todo o país, levando o grupo a buscar abrigo várias vezes durante a noite.
Cícero Lucena relata: “já fomos duas vezes para o abrigo por ter tocado a sirene de aviso”. O prefeito fala de “momentos de tensão”, mas garante que todos estão bem e conectados com as autoridades brasileiras.
A rotina do abrigo
A comitiva se alterna entre quartos de hotel ou alojamentos universitários — como no Beit Berl College, em Kfar Saba — e bunkers subterrâneos preparados para situações de emergência.
“Por volta das 2h, o grupo teve que deixar os alojamentos e se dirigir ao bunker, onde estão cerca de 37 pessoas – 18 são brasileiros”, explicou o Prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena.
Alertas são enviados pelas autoridades israelenses aos celulares para que possam buscar proteção, cenário que se repete desde a intensificação dos bombardeios.
Apoio diplomático
O Ministério das Relações Exteriores e a Embaixada do Brasil em Tel Aviv, com apoio do presidente da Câmara, Hugo Motta, mantém contato constante com a comitiva:
Estuda-se uma retirada por terra até a Jordânia, caso não seja possível retorno aéreo.
Cícero Lucena afirma: “Precisamos retornar com segurança para nossas famílias e nossas cidades”, e confirma que o Itamaraty está mobilizado para isso.
A ministra Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, também dialoga com os prefeitos retidos para atualizar a situação e definir alternativas de retorno.
Próximos passos
A delegação aguarda a próxima atualização das autoridades israelenses e brasileiras. Caso a via aérea continue inviável, a evacuação por via terrestre — até a Jordânia — será preferida, segundo fontes do Itamaraty.
O diálogo diplomático avança, e estratégias de retorno estão em curso, mas permanecem em aberto diante da evolução do conflito internacional.