Estrelas do tetra e do deram as costas no último adeus a Pelé
O Brasil passou nos últimos dias por momentos de grande comoção nacional na despedida de um dos maiores heróis do futebol com o adeus ao “Rei” Pelé, três vezes campeão do Mundo pela seleção, elevando o Brasil a um patamar de destaque no futebol internacional.
Entretanto, além da emocionante despedida, que contou com a presença de grandes personalidades nacionais e internacionais, a exemplo do recém empossado Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, percebeu-se a ausência de nomes que, em razão do histórico e profissão, imaginava-se que prestariam sua reverência presencial no funeral do Rei. Nenhum dos principais jogadores da atualidade nem ex-jogadores pentacampeões mundiais foi pessoalmente ao velório de Pelé, dar o último adeus ao rei do futebol. Do grupo do tetra, apenas Mauro Silva marcou presença. A ausência de grandes futebolistas chama a atenção pelo desprezo com a maior personalidade do país.
Após a participação decepcionante da seleção Brasileira na última copa do Catar, onde amargamos novamente a desclassificação antes mesmo da semi-final, jogadores como Neymar, atual ídolo do futebol no país sequer pisou na Vila Belmiro. A imprensa chegou a especular que sua ausência seria em virtude de uma restrição imposta pelo clube PSG, versão que não se confirmou após o jogador ter tido um vídeo vazado onde participava de uma festa na França, cantando e dançando pagode.
Os fãs não perdoaram a postura do jogador uma vez que o início da carreira meteórica de Neymar se deu no clube do coração de Pelé, o Santos, e ele ostenta a camisa consagrada pelo Rei na seleção, a camisa 10.
Mas não foi apenas o atual camisa 10 da seleção Brasileira que não prestou seus sentimentos no adeus do Rei, e outras ausências emblemáticas foram sentidas, a exemplo de Kaká e outros nomes do Penta como Ronaldo, Ronaldinho, Cafu, Roberto Carlos e o goleiro Marcos.
Para os brasileiros em geral com Pelé também se vai o “futebol arte”, o amor pelo esporte expressado em cada drible e marcas históricas alcançadas pelo “Rei”. Não se vê na geração atual nenhum outro ídolo que reverencie o poder que uma causa como o esporte tem de mover multidões e inspirar corações.
A “coroa” não tem um sucessor.