Bradesco: “Talvez tenhamos concedido mais crédito do que deveríamos”
Nesta sexta-feira (10/2), o Presidente do Banco Bradesco, Octavio de Lazari Júnior, apresentou sua análise sobre o desempenho financeiro do banco no último trimestre de 2022, que mostrou um lucro líquido recorrente de R$ 1,595 bilhão.
Este resultado, que veio significativamente abaixo das expectativas do mercado, representou uma queda de 75,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Lazari reconheceu que, devido à pandemia e a taxa de juros desfavorável para o país, o Bradesco pode ter concedido mais crédito do que deveria.
Ele destacou a importância de ser precavido em momentos inéditos, como a pandemia, para evitar o aumento das provisões, que já foi visto em 2022 e deve continuar a ser um problema no primeiro trimestre de 2023.
Além disso, o Bradesco informou, em seu balanço, que fez um provisionamento de R$ 4,9 bilhões para cobrir um caso envolvendo um “cliente large corporate específico”, ocorrido no início deste ano. O provisionamento é uma reserva financeira para cobrir despesas futuras.
Quando se trata de riscos e inadimplência, Lazari afirmou que o Bradesco tem tomado medidas para reduzir significativamente sua exposição ao risco, especialmente nos segmentos de pequenas e médias empresas e no setor de cartões.
Embora o crescimento anual em cartões ainda seja forte, Lazari salientou que já é possível ver uma desaceleração.
Infelizmente, as ações do Bradesco estão caindo na Bolsa de Valores, conforme noticiado anteriormente. Apesar disso, o banco continua buscando estratégias para superar os desafios e aprimorar sua performance financeira.