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Atuação de Janja surpreende críticos

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Criticada desde o período eleitoral por gozar de um protagonismo que não havia sido registrado anteriormente, Janja surpreende críticos

Desde o período da redemocratização brasileira o protagonismo do poder executivo esteve, majoritariamente, nas mãos de políticos homens ocupando à Presidência da República, e o papel feminino discutido não ultrapassava os limites de uma silenciosa e ilustrativa coadjuvante, que, no máximo, caberia tratar de assuntos tidos “tipicamente femininos”.

As discussões da impressa, mesmo no caso que o papel feminino ultrapassasse esta esfera, era discutir fatores como criação dos filhos, conciliação da vida pública e particular, ou modelos de roupas e cortes de cabelo.

É certo que tivemos mulheres notáveis e de grande relevância, que se viram obrigadas a “negociar” seu espaço para exercer tudo aquilo que desejassem, sem que a opinião pública a colocasse à sombra do marido e seu cargo, a exemplo da marcante Ruth Cardoso, e seu brilhante trabalho durante os 8 anos nos quais ocupou a posição (por vezes injusta) de “Primeira Dama”.

Na história mais recente, ficou marcado, por exemplo, as avaliações de setores da imprensa que avaliaram a posição das “primeiras-damas” unicamente baseados em critérios antiquados e retrógrados que de nenhuma maneira representam as mulheres.

“Bela, recatada e do lar” foi, por exemplo, a manchete de uma das mais renomadas revistas nacionais para descrever, e supostamente “elogiar”, a ex primeira-dama Marcela Temer. 

Já a Michele Bolsonaro, na esteira dessa imagem, também usufruiu de uma “simpatia” da opinião pública ao estabelecer uma aura de mulher “de família” e religiosa, (além é claro de sua beleza e juventude também elogiada na época da posse em janeiro de 2019), ou seja, uma outra maneira de enaltecer o mesmo bordão que foi aplicado anteriormente de “Bela, recatada e do lar”, como se estes fossem os únicos atributos relevantes e positivos sobre uma mulher que está próxima ao poder.

Mesmo antes da posse a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, passou a ser alvo de críticas ferrenhas, uma vez que fugiu ao estereótipo predeterminado e aceito, sendo aquela que, em muitas ocasiões, aconselhou e atuou como estrategista durante a campanha do petista.

A jornalista Eliane Castanhêde chegou a comentar no Programa em Pauta que: “O presidente é o Lula. Tudo tem limite, tudo que excede pode dar problema e há um incômodo com o excesso de espaço que a Janja vem ocupando. Ontem, quando o Lula fez aquele discurso em que ele chorou quando falou da fome, quando ele derrapou ao desqualificar a responsabilidade fiscal, ela estava ali sentada. Mas ela não é presidente do PT, ela não é líder política. Qual é o papel da primeira-dama?”, questionou.

Em seguida, a jornalista relembrou outras primeiras-damas do Brasil e a comparou com Ruth Cardoso, esposa de Fernando Henrique Cardoso. “Um bom exemplo de primeira-dama foi a Ruth Cardoso, que, como a Janja, tinha brilho próprio, era professora universitária, uma mulher super-respeitada na área dela e cuidou da Comunidade Solidária, mas ela não tinha protagonismo, não tinha voz nas decisões políticas, se tinha, era a quatro chaves, dentro do quarto do casal”, acrescentou.

Entretanto, mesmo criticada duramente, o apoio da militância se fez ouvir, e logo após o comentário que repercutiu a hastag #RespeitaaJanja deu força para que a socióloga não temesse este protagonismo. Toda a organização dos eventos da posse do Presidente Lula passou pelas mãos e decisões de Janja, que conseguiu a um só tempo mandar um recado claro para o país cheio de simbolismos e emoção, ao mesmo tempo que mostrou seu apoio ao cargo que seu esposo passou a exercer. Longe de ser ilustrativa, a socióloga mostrou que tem muito mais a oferecer e é capaz de surpreender os mais ferrenhos críticos.

Logo quando se pensava que ela não iria se interessar por nenhuma atividade assessória, como é considerada a manutenção e conservação do lar, algo que o público conservador entende ser próprio das “belas, recatadas e do lar” a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, em entrevista à GloboNews, mostrou os danos no Palácio da Alvorada encontrados pela equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) depois que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desocupou o local. “O que a gente percebe é que não teve cuidado, manutenção”, observou.

O passeio pela residência oficial e apontou, para a jornalista vidros de janelas rachados, sofás e tapetes rasgados e sujos, tetos com infiltração, tábuas soltas e quebras no piso. Uma série de móveis e obras de arte precisarão ser restaurados, por danos ou exposição indevida ao sol, aproximando a opinião pública do cotidiano do presidente, ao tempo que mostrou um outro lado, não meramente doméstico, mesmo quando fala de sua nova residência: guardiã daquilo que é precioso ao povo e seu patrimônio.

“Eu e o presidente Lula resolvemos que a gente só vai mudar quando tiver um inventário completo do que tem aqui dentro, de como foi entregue para a gente”, afirmou a primeira-dama. Antes mesmo da mudança, a intenção é realizar algumas obras para restaurar o espaço na área residencial do palácio.

 “Os móveis, os pés dos móveis que são de latão, não estão polidos. Os móveis não são os originais. A gente vai tentar recuperar isso. Ainda preciso fazer uma visita no depósito – a Presidência da República tem um depósito de móveis – e ver o que foi para lá. Tem muitos objetos que foram transportados de um lado para o outro, do Planalto para cá, daqui para o Jaburu. Então, a gente precisa localizar esses objetos”, descreveu Janja.

Este é o novo “belo”: uma mulher que consegue transitar por todos os ambientes e papeis que desejar, com liberdade, segurança e inteligência.

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