Genocídio indígena escancara a falha crônica do governo Bolsonaro: 570 crianças Yanomami mortas por doenças evitáveis em 4 anos
O governo de Jair Bolsonaro tem deixado um rastro de destruição em várias áreas, mas uma das mais alarmantes é a situação dos indígenas Yanomami no Brasil. Nos últimos dias, imagens chocantes desta comunidade têm sido veiculadas na mídia, mostrando a extrema pobreza e a falta de acesso à saúde e à assistência médica básica.
De acordo com dados recentes, o número de mortes de crianças indígenas com menos de 5 anos por causas evitáveis aumentou 29% no território Yanomami nos últimos 4 anos. Isso significa que 570 pequenos indígenas morreram por doenças que poderiam ter sido tratadas, incluindo 99 apenas em 2022.
Em abril de 2021, uma entidade indígena entregou uma carta ao então ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinada por lideranças indígenas que descrevia uma “situação de guerra” na região, com mortes de crianças devido à desnutrição e à malária, além da falta de assistência para remoção e resgate de indígenas. A carta também denunciava a falta de coordenação entre os entes federados para o atendimento e proteção da saúde indígena, e o desvio de verbas destinadas à saúde indígena Yanomami. Infelizmente, essa carta foi ignorada pelo ministro da saúde.
O presidente da República Lula, que recentemente visitou o território Yanomami, afirmou ter visto “genocídio” em Roraima e anunciou que equipes de saúde permanentes seriam enviadas para a região.
É inegável que há uma responsabilidade direta do governo Bolsonaro na situação atual dos indígenas Yanomami, e especificamente do ministro da saúde Marcelo Queiroga, que ignorou as denúncias de lideranças indígenas e permitiu que a situação continuasse a se deteriorar. Trata-se de um genocídio que tem as digitais do bolsonarismo nos últimos 4 anos. É necessário que medidas imediatas sejam tomadas para proteger e garantir os direitos básicos desta comunidade, incluindo acesso à saúde e à assistência médica de qualidade.