Após ficar sem mandato de deputado, Daniel Silveira é preso em Petrópolis com mais de 270 mil reais em espécie, e seu nome é envolvido em provas de planejamento de Golpe de Estado em reunião com participação de Bolsonaro
Nesta quinta-feira (2), a Polícia Federal prendeu o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) em Petrópolis, no Rio de Janeiro, a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão foi necessária devido ao descumprimento de medidas cautelares impostas pelo STF, incluindo a utilização de tornozeleira eletrônica e a proibição de uso de redes sociais.
Ministro Moraes destacou que Silveira agiu com “completo desrespeito e deboche” em relação às decisões judiciais do STF, danificou a tornozeleira eletrônica e continuou com seus ataques contra o STF e o Tribunal Superior Eleitoral, “colocando em dúvida o sistema eletrônico de votação, auditado por diversas organizações nacionais e internacionais”.
Fontes da Polícia Federal informaram que mais de R$ 270 mil foram apreendidos na residência de Silveira no momento da prisão. Ele tinha apoio do presidente Jair Bolsonaro e se candidatou ao Senado pelo Rio de Janeiro em outubro de 2022, obtendo 1,5 milhão de votos, mas não foi eleito. Com a perda do mandato, Silveira também perdeu o foro privilegiado.
Além da prisão, Alexandre de Moraes também determinou a suspensão imediata do porte de arma de fogo, o cancelamento de todos os passaportes emitidos em nome de Silveira e a suspensão de certificados de registro de autorização para atividades relacionadas às armas de fogo, tiro desportivo e caça, pelo Exército.
Silveira está sob medidas cautelares desde abril de 2022, quando foi condenado pelo STF por estímulo a atos antidemocráticos e ataques contra autoridades e instituições.