O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, condenado por participação na chamada trama golpista, foi detido na madrugada desta sexta-feira no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, Paraguai. A prisão ocorreu depois que órgãos de segurança brasileiros identificaram a perda de sinal da tornozeleira eletrônica usada pelo ex-dirigente, o que levou à emissão de alertas e à mobilização de autoridades dos dois países.
Segundo informações divulgadas até o momento, o rompimento da tornozeleira foi detectado pela Polícia Federal, que acionou imediatamente mecanismos de rastreamento e comunicação internacional. A partir daí, autoridades paraguaias localizaram o ex-diretor no principal aeroporto do país vizinho. A condenação, proferida em 16 de dezembro, soma 24 anos e seis meses de prisão, abrangendo crimes como tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Especialistas em direito penal e em cooperação internacional ressaltam que a prisão em território estrangeiro envolve procedimentos específicos, como eventual aplicação de acordos de extradição e comunicação às cortes responsáveis pela sentença original. Por outro lado, há juristas que observam ser necessário aguardar a divulgação integral das decisões judiciais e dos autos de prisão para avaliar se houve, de fato, intenção de fuga deliberada ou se existem elementos que possam ser usados pela defesa em pedidos de revisão de medidas cautelares. O caso segue em atualização por órgãos oficiais.
