O presidente do Treze, Artur Bolinha, segue fazendo uma campanha pública e interna sobre a recuperação judicial que o clube.
O Treze Futebol Clube, um dos clubes mais tradicionais da Paraíba, está travando uma batalha contra uma dívida trabalhista que ameaça a sua sobrevivência. O presidente do clube participou de uma entrevista coletiva nesta terça-feira (19) em Campina Grande, onde defendeu seu pedido de recuperação judicial, que já conquistou um apoio substancial internamente. Tanto que uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo (CD) está marcada para o dia 25 de setembro para analisar a proposta. A recuperação judicial só pode ser colocada em prática com a aprovação do CD.
A dívida trabalhista do clube é uma preocupação constante. Segundo o presidente, ela está atualmente em torno de R$ 19 milhões. Embora o clube já tenha pago R$ 4 milhões, a dívida continua a crescer devido aos juros. O dirigente explicou a situação dizendo: “A gente paga, paga, paga, mas não dá para cobrir os juros dela. Se não fizermos nada, ela vai dobrando, dobrando, daqui a pouco chega a R$ 100 milhões, e o Treze ficaria completamente inviável.”
Anteriormente, cerca de 30% de todas as receitas do clube estavam sendo direcionadas para o pagamento dessa dívida trabalhista. Isso não estava ajudando e, ao mesmo tempo, estava prejudicando os investimentos no departamento de futebol, que é a principal fonte de retorno prático.
A Justiça já atendeu ao primeiro pedido do clube, desbloqueando suas contas e recursos por 120 dias. Se a recuperação judicial for aprovada pelo CD do Treze, a diretoria terá que apresentar um plano detalhado de pagamento aos credores, que incluem empresas públicas, privadas, entidades governamentais e o passivo trabalhista. A decisão do CD será crucial para o futuro do clube e a estabilidade de um dos clubes mais queridos da Paraíba.