Na última semana, o ex-presidente Jair Bolsonaro oficializou o pastor Sérgio Queiroz como pré-candidato ao Senado pelo PL na Paraíba, ao lado do ex-ministro Marcelo Queiroga, que disputará o Governo do Estado. O movimento, que chegou como uma surpresa até mesmo para aliados, mexeu com as articulações da oposição e acendeu um alerta sobre as dificuldades para a montagem de uma chapa unificada visando as eleições de 2026.
Queiroz, que em 2024 foi vice na chapa de Queiroga para a Prefeitura de João Pessoa, avalia que a união entre partidos da oposição — como PSD, União Brasil e PP — será um grande desafio. Com Pedro Cunha Lima, Efraim Filho e Aguinaldo Ribeiro liderando suas respectivas legendas, o cenário político paraibano se torna uma “grande e complexa equação” que, segundo ele, precisa ser resolvida até outubro para evitar desgastes e indefinições.
Durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta quarta-feira (16), Sérgio Queiroz relatou ter sido pego de surpresa com a decisão de Bolsonaro e ressaltou o impacto da medida. Ele pondera que, com tantas forças políticas distintas na oposição, será difícil convergir para um projeto único sem diálogo e renúncias significativas.
“Na Paraíba, a coisa não é tão fácil de se resolver. Nós temos o PSD com Pedro Cunha Lima, o União com Efraim, o PP com Aguinaldo… isso tudo gera uma grande e complexa equação para ser resolvida”, declarou.
Apesar dos obstáculos, Queiroz defende que a definição da chapa da oposição precisa acontecer até o segundo semestre deste ano.
“Se tem que decidir, decida logo. Se tem que fazer alguma coisa, faça logo. Até outubro, eu acho que é uma data enigmática, porque é um ano antes das eleições”, reforçou.
Com o tempo se encurtando, lideranças políticas da oposição precisarão acelerar as negociações e alinhar interesses, caso queiram fazer frente às pré-candidaturas alinhadas ao bolsonarismo que já estão em campo.