A decisão judicial determinou o retorno de Buega Gadelha para a presidência da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep)
Uma decisão da Justiça está movimentando os bastidores na Paraíba. Francisco de Assis Benevides Gadelha, popularmente conhecido como Buega Gadelha, voltará à presidência da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep). Essa decisão foi oficialmente publicada na última sexta-feira (27).
O desembargador federal do Trabalho, Paulo Maia Filho, tomou uma medida decisiva: acolheu um pedido de tutela cautelar feito pela defesa de Buega Gadelha. Isso significa que, utilizando seu poder geral de cautela, ele deferiu o pedido liminar, atribuindo efeito suspensivo ao recurso ordinário, que mantém Buega na presidência da Fiep até o julgamento do caso.
O pano de fundo dessa história envolve uma ação movida em dezembro de 2022 por alguns sindicatos patronais da indústria, que buscavam o afastamento de Buega Gadelha da presidência da Fiep. Alegavam, entre outros pontos, a ausência de requisitos formais para sua permanência no cargo.
A trama se aprofundou em março deste ano com as denúncias da Operação Cifrão, realizada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público da Paraíba. Essa operação desvendou fraudes na contratação de construtoras para obras do Sistema S no estado, incluindo a Fiep. As investigações apontaram também para superfaturamento e ligações entre as empresas contratadas e dirigentes da instituição.
Em maio, o juiz Arnaldo José Duarte do Amaral, da 2ª Vara do Trabalho de Campina Grande, acatou o pedido de afastamento de Buega da Fiep. No entanto, Buega recorreu e impetrou um mandado de segurança no Tribunal Regional do Trabalho para suspender a decisão. O desembargador Paulo Maia Filho, no dia 8 de maio, deferiu uma liminar nesse mandado de segurança, suspendendo a decisão de primeira instância.
Os sindicatos, insatisfeitos com essa reviravolta, interpuseram agravo interno, o que culminou na mais recente decisão que determina o retorno de Buega Gadelha à presidência da Fiep. A novela judicial continua, e as reviravoltas não param de surpreender.