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Lei da mordaça: Musk aplica censura no Twitter e suspende contas de jornalistas

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Para manter sua conta ativa na plataforma a regra é clara: agrade o Elon Musk

Bilionário Elon Musk, que comprou recentemente o Twitter prometendo instaurar na empresa uma política de total e irrestrita “liberdade de expressão” rapidamente tem conseguido não só causar polêmicas, como se contradizer em todos os pontos que defendeu antes de assumir o comando da rede social.

Ao que parece, a suposta defesa da ausência de limites para expressar opiniões, tão defendida pelo CEO, só acontece dentro das fronteiras do que agrada o novo chefe do Twitter.

A conta do ex-presidente Donald Trump, suspensa desde o ataque ao Capitólio, em 2021, quando incentivou os atos violentos que lá ocorreram, foi reativada recentemente sob o argumento da liberdade de expressão irrestrita, motivo que parece não persistir para resguardar o direito dos vários jornalistas que tiveram suspensões injustificadas.

As restrições do site do passarinho azul atingiram as contas de destacados jornalistas norte-americanos que escrevem com frequência sobre a empresa e sobre Elon Musk, incluindo repórteres do New York Times e do Washington Post.

Apesar de Elon Musk avisar que as suspensões durariam apenas sete dias, tanto para os perfis de rastreamento quanto para os de jornalistas, algumas das contas contavam com mensagens indicando que as páginas estavam “permanentemente suspensas”.

Eles encararam o bloqueio como uma retaliação de Musk às críticas que o bilionário vem recebendo pela forma como está conduzindo a rede social: com demissões em massa e o desmonte de áreas, como o conselho de confiança e segurança da empresa.

E a “lei da mordaça” na plataforma tem adquirido contornos mais alarmantes, pois até mesmo o Twitter Spaces  foi retirado do ar na quinta-feira à noite (15), pois a ferramenta, que permite a criação de salas de bate-papo por áudio, caiu logo depois de diversos jornalistas terem se reunido no Twitter Spaces para discutir a suspensão dos profissionais sem aviso prévio.

Musk alega que esses repórteres estariam compartilhando os seus dados de localização em tempo real.

Entre as contas bloqueadas estão a conta @ElonJet, que rastreava voos do avião particular do empresário. No mês passado, após assumir o controle do Twitter, Elon Musk chegou a dizer que manteria a conta @elonsjet ativa para assegurar a liberdade de expressão na plataforma.

Ao que parece, a concorrência também não caiu nas graças de Elon Musk. Na última noite, a plataforma ainda desativou a conta oficial do Mastodon, rede que recentemente ganhou notoriedade por ser considerada uma alternativa ao Twitter de Musk.

Isso porque, após ser banido da rede social do passarinho azul, Jack Sweeney decidiu migrar para o Mastodon. E, por sua vez, a plataforma promoveu o perfil do estudante em um tweet.

De acordo com a CNN, o perfil do jornalista Donie O’Sullivan, que integra o time do canal de notícias por assinatura, está na lista de suspensões. Além de cobrir os bastidores da compra do Twitter por Musk no segundo semestre deste ano, ele tem um histórico de reportagens investigativas sobre campanhas de desinformação online direcionadas ao eleitorado americano.

Ryan Mac, do The New York Times, mais um suspenso, dentre as reportagens que costuma fazer, temas como responsabilidade corporativa na indústria global de tecnologia são recorrentes.

Drew Harwell, do The Washington Post também tive os perfis suspensos, abrangia as pautas de inteligência artificial e algoritmos e está entre as contas bloqueadas por Musk após reportagens tratando do Twitter e da atuação do bilionário como CEO da empresa.

Aaron Rupar, o jornalista independente, teve destaque na imprensa americana ao longo do governo Donald Trump, por conta da intensa cobertura que fez do ex-presidente dos Estados Unidos, mas segue silenciado na plataforma do Twitter.

Além destes os jornalistas independentes Matt Binder, do Mashable, e Steve Herman, do Voice of America e Micah Lee, do The Intercept.

Será que a gestão de Musk está demonstrando que nada mais ditatorial do que a ausência de regras claras? Parece que o bilionário vai seguir fazendo da plataforma o campo de suas conveniências.

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