O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou um projeto de lei que restringe isenções tributárias, mas vetou um trecho que garantia o pagamento de emendas parlamentares atrasadas pelo governo. A decisão foi anunciada no início de abril de 2024 e tem impacto direto nas contas públicas e no funcionamento do orçamento federal. Esse movimento é importante porque afeta a maneira como o governo controla benefícios fiscais e administra recursos destinados a investimentos indicados por parlamentares.
O projeto aprovado, conhecido como PL das Isenções, tem como objetivo reduzir benefícios fiscais considerados desnecessários e que geram perda de arrecadação para a União. Isenções são descontos ou dispensa no pagamento de impostos para determinados setores ou produtos, e a iniciativa busca tornar essa concessão mais criteriosa. Por outro lado, o veto presidencial retirou do texto a regra que obrigava o governo a honrar todas as emendas parlamentares, que são recursos extras destinados a obras e projetos nas regiões indicadas por deputados e senadores, mesmo quando há atraso no pagamento.
A decisão de vetar o dispositivo sobre emendas parlamentares gerou debate no Congresso, já que essas emendas são um instrumento importante para atendimento de demandas locais e para o diálogo entre Executivo e Legislativo. O governo argumenta que o veto é necessário para manter a flexibilidade no manejo das finanças públicas e evitar despesas fora do teto de gastos. Com a sanção parcial da lei, o foco passa a ser a contenção das isenções fiscais para melhorar a arrecadação e preservar recursos públicos.
Com a sanção do PL das Isenções e o veto à permanência obrigatória das emendas atrasadas, o governo busca equilibrar a necessidade de reduzir incentivos fiscais que impactam a receita com a gestão do orçamento parlamentar. Nos próximos meses, o Executivo terá mais controle sobre concessões fiscais, enquanto o Legislativo poderá acompanhar os pagamentos das emendas de forma menos rígida. Essa medida faz parte do esforço para ajustar as contas públicas e garantir maior transparência no uso dos recursos federais.

