Nilvan Ferreira, radialista e pré-candidato a deputado estadual na Paraíba, comparou a aprovação do projeto de lei da Dosimetria a “um bombom para entreter” apoiadores de Jair Bolsonaro. A declaração foi dada em entrevista ao programa Hora H, da TV Norte Paraíba, na última segunda-feira (15). Nilvan avalia que a decisão de aprovar a Dosimetria, liderada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, não representou um avanço político real, mas sim uma forma de distração em meio às demandas por anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos.
Segundo Nilvan, a proposta da Dosimetria foi usada para desviar o foco da votação da anistia que garantiria a liberdade a Bolsonaro e seus apoiadores, o que ele considera uma prioridade. Ele também sugeriu que Hugo Motta pode estar sob pressão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes para frear mudanças que beneficiem parlamentares ligados ao ex-presidente. O termo “dosimetria” refere-se à definição da intensidade da punição aplicada a condenados, especialmente no contexto dos eventos do dia 8 de janeiro.
Nilvan reforçou que seu posicionamento não se trata de apoio a Hugo Motta, já que tem críticas públicas ao presidente da Câmara por sua atuação nesse tema. Ele também respondeu a provocações internas de seu partido, o PL, destacando sua postura colaborativa com outros deputados durante as eleições de 2022 e ressaltando a importância da união política. Além disso, o candidato explicou sua decisão de não apoiar o candidato Pedro Cunha Lima no segundo turno das eleições estaduais, em decorrência da neutralidade deste sobre o voto presidencial.
Por fim, Nilvan discutiu sua trajetória política, revelando que, em sua juventude, teve pensamentos progressistas, mas mudou seu posicionamento por considerar que modelos socialistas não funcionaram. Ele encerra reforçando que busca soluções práticas dentro de uma política com maior liberdade econômica e eficiência, alinhada às transformações atuais. O cenário político na Paraíba segue com debates intensos sobre pautas de interesse tanto dos bolsonaristas quanto de outros grupos parlamentares.
