Operação Halving inicia sua quarta fase, e policiais cumprem três mandados de busca e apreensão. Os sócios da pirâmide financeira de R$ 2 bilhões seguem foragidos
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal realizam na manhã desta sexta-feira (21) mais uma operação contra a Braiscompany, a empresa paraibana acusada de montar uma pirâmide bilionária usando criptomoedas.
A ação foi chamada de Trade-off e trata-se da quarta fase da Operação Halving, que no início deste ano derrubou o esquema da Braiscompany e expediu mandados de prisão contra Fabrícia Campos e Antônio Neto Ais, o casal por trás da empresa, que seguem foragidos e alvos de alerta vermelho da Interpol.
A dupla foi recentemente intimada a prestar depoimento na CPI das Pirâmides Financeiras instaurada na Câmara dos Deputados para investigar os esquemas que usam criptomoedas para enganar investidores brasileiros.
Na ação desta sexta, os policiais cumpriram três mandados de busca e apreensão, sendo dois na cidade de São Paulo e um em Aracaju, em Sergipe. A PF não anunciou os nomes dos alvos da operação. Além disso, a Justiça emitiu ordem bloqueando cerca de R$ 136 milhões em nome dos investigados, a partir de decisão da 4a Vara Federal da Paraíba.
Além disso, também foi feita uma nova estimativa sobre o tamanho da pirâmide criada pela empresa. Antes, os valores eram avaliados na cada de R$ 1,5 bilhão; agora, a Polícia Federal já fala na movimentação de R$ 2 bilhões.
De acordo com a PF, o objetivo da ação é combater a lavagem de dinheiro decorrente de crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais.
De acordo com a PF, o termo Trade-off “refere-se à situação em que é necessário fazer uma escolha que envolve sacrificar algo em favor de outra coisa. Sacrifica-se alguma coisa para obter um bem maior, que por vezes causa um tipo de dilema”.