Corpo de secretário Betinho Barros foi velado na Câmara Municipal do município. A vítima Rayssa Kathylle foi perseguida e ameaçada antes de ser vítima de feminicídio
A Prefeitura de Belém, na Paraíba, decretou um luto oficial de três dias em homenagem ao secretário de comunicação Oberto Nóbrega de Barros Oliveira, conhecido como Betinho Barros, que cometeu um feminicídio e depois se suicidou, tirando a vida da estudante Rayssa Kathylle de Sá Silva, de 19 anos. A prefeita Dona Aline expressou solidariedade às famílias e amigos de ambos em uma publicação nas redes sociais, na qual decretou o luto oficial.
No entanto, a publicação de luto foi posteriormente excluída do perfil oficial da prefeitura no Instagram. A Câmara Municipal de Belém também expressou condolências pela morte de Betinho Barros, seguidas pelas condolências à família e amigos de Rayssa.
Betinho Barros, que já foi vereador na cidade, foi velado com honras na Câmara Municipal de Belém e depois sepultado na mesma cidade. Já Rayssa foi velada e sepultada no município de Guarabira.
A vítima havia requerido medidas protetivas no dia 13 de setembro, na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher de Guarabira. A vítima recebeu ligações e mensagens com ameaças até mesmo durante o registro da denúncia. O investigador que estava colhendo o depoimento interveio e atendeu um dos telefonemas.
A medida protetiva de urgência solicitada por Rayssa foi atendida no dia seguinte, dia 14 de setembro. O juiz determinou o afastamento do acusado do lar ou local de convivência da vítima, proibindo que ele se aproximasse da vítima e estabeleceu um limite mínimo de 200 metros. Betinho Barros também foi proibido de manter contato com a vítima por meio de ligações telefônicas e envio de mensagens por celular (SMS), e-mail e outras.