Justiça realiza bloqueio de bens do acusado de desvios no Hospital Padre Zé. Informação foi dada no programa Arapuan Verdade
O magistrado José Guedes Cavalcanti, da Quarta Vara Criminal de João Pessoa, acaba de determinar o bloqueio de R$ 116 milhões em bens do Padre Egídio de Carvalho, mais conhecido como Padre Zé. A informação, divulgada pelo jornalista Clilson Júnior no programa Arapuan Verdade, da Arapuan FM, revela mais um capítulo no caso que envolve o religioso.
Desde o dia 17 de novembro, Padre Egídio de Carvalho encontra-se detido no Presídio Especial de João Pessoa, no âmbito da Operação Indignus, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Além dele, Jannyne Dantas permanece no presídio Júlia Maranhão, e Amanda Duarte está em prisão domiciliar por conta da amamentação de uma bebê de quatro meses.
O imbróglio no Hospital Padre Zé teve início com o desaparecimento de celulares e equipamentos eletrônicos doados pela Receita Federal, destinados a leilões para beneficiar a instituição. Posteriormente, denúncias de desvio de recursos emergiram, culminando na Operação Indignus.
Durante a investigação, o padre Egídio foi afastado da direção do hospital pela Arquidiocese da Paraíba. O escândalo revelou um esquema em que o religioso contraiu empréstimos de R$ 13 milhões em nome da instituição, valores que nunca foram destinados ao hospital.
Os mandados da Operação Indignus atingiram dez propriedades supostamente ligadas ao padre, incluindo uma granja em Conde e apartamentos luxuosos em João Pessoa. Itens de luxo e extravagância foram encontrados nos locais, com móveis rústicos avaliados em R$ 3 milhões e até 30 cães da raça Lulu da Pomerânia, cada um podendo atingir o valor de R$ 10 mil.
Após a prisão de Padre Egídio, Amanda Duarte e Jannyne Dantas, os advogados do religioso tentaram a liberdade por meio de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas a solicitação foi negada pelo ministro Teodoro da Silva Santos. O desenrolar desse caso continua a surpreender e levanta questões sobre as práticas e responsabilidades envolvendo a gestão do Hospital Padre Zé. Acompanhe para mais atualizações.