Os números são impactantes, no primeiro trimestre, os pedidos de seguro superaram 1,8 milhão em relação ao mesmo período de 2022
A dificuldade econômica sentida pelos brasileiros não é apenas uma impressão compartilhada nas conversas, e os números confirmam: os pedidos de seguro-desemprego voltaram a aumentar nos três primeiros meses deste ano e atingiram o maior patamar para o trimestre desde 2016.
Ainda segundo as apurações do Ministério do Trabalho, apenas de janeiro a março, 1,8 milhão de requerimentos foram registrados no país.
Este número representa alta de 5,7% em relação ao mesmo período de 2022, que apresentou 1,7 milhão de solicitações.
Isto torna o total do acumulado deste ano é o maior índice desde 2016, quando o benefício foi solicitado por 1,9 milhão de pessoas que haviam perdido o emprego.
Vale salientar que o benefício se destina ao trabalhador que é demitido sem justa causa e não tem renda própria. O valor varia de três a cinco parcelas, de R$ 1.320,00 a R$ 2.230,97, dependendo do tempo de trabalho com carteira assinada.
É importante ressaltar que o recorde de requerimentos foi registrado em maio de 2020, com 960.308, a maior marca da série histórica, no começo da pandemia de Covid-19.
A alta do benefício coincide com a elevação da taxa de desemprego no Brasil, que subiu 0,9 ponto percentual e atingiu 8,8% no primeiro trimestre de 2023. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a quantidade de profissionais ainda fora da força de trabalho equivale a 9,4 milhões de pessoas.
Ainda é necessário estabelecer nos estudos a quais fatores se atribuem a alta do índice neste momento econômico.