Lucas 12:2: Batismo de operação da PF contra venda de joias remete a lema bíblico de Jair Bolsonaro. Esquema envolve o advogado de Jair Bolsonaro e militares
A Polícia Federal (PF) deu início nesta sexta-feira (11/8) à Operação Lucas 12:2, que investiga um esquema de venda de bens entregues por autoridades estrangeiras ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A investigação partiu de informações colhidas pela PF no âmbito do Inquérito 4.874, que investiga a existência de milícia digital contra o Estado Democrático de Direito.
De acordo com a PF, há indícios de que Bolsonaro, seus ajudantes de ordens, Mauro Cid e Osmar Crivelatti, e seus assessores Marcelo Câmara e Marcelo da Silva Vieira, desviaram presentes de alto valor recebidos de autoridades estrangeiras para posterior venda e enriquecimento ilícito do ex-presidente.
A PF também investiga a possibilidade de que os presentes tenham sido usados para pressionar autoridades estrangeiras a favor de interesses do governo Bolsonaro.
O material apreendido durante a operação será analisado pela PF para que sejam confirmadas ou descartadas as suspeitas de desvio de bens e enriquecimento ilícito.
O caso é um escândalo sem precedentes na história da República brasileira. Ele envolve o ex-presidente do Brasil, seus auxiliares de confiança e seus assessores. O esquema envolve a venda de bens entregues por autoridades estrangeiras ao ex-presidente, que são de propriedade do Estado brasileiro.