Pasta do Ministério do Planejamento, sem os bancos públicos, ficará com a Senadora do MDB
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) aceitou ser ministra do Planejamento do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Candidata à Presidência pelo MDB, Simone Tebet foi importante aliada de Lula no segundo turno da eleição presidencial, sendo um importante fator de solidez na campanha, agregando votos da chamada “terceira via”, papel este recusado por nomes tradicionais como Ciro Gomes.
Na equipe do governo de transição, Tebet coordenou o grupo de trabalho do Desenvolvimento Social. A área abarca temas como o combate à fome e à pobreza e terá no seu novo guarda-chuva de atribuições o Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família em 2023.
O acordo foi finalmente firmado após intensas negociações. Inicialmente Tebet pleiteou o comando do Ministério do Desenvolvimento, que, contudo, foi para Wellington Dias (PT), em razão do temor interno do PT que, ao assumir o protagonismo de programas sociais como Bolsa Família (atualmente chamado de Auxílio Brasil), ela ganhe fôlego para concorrer novamente à Presidência da República em 2028, com ou sem o apoio do Partido dos Trabalhadores.
A ideia inicial para a pasta, agora aceita por Tebet, seria que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal ficassem sob a gerência do Ministério do Planejamento, entretanto chegou-se ao consenso de que permanecerão sob o guarda-chuva do Ministério da Fazenda, que será chefiado por Fernando Haddad.
Entretanto, pode-se considerar que Tebet terá ainda grande poder de influência no comando do Planejamento, uma vez que ficou igualmente acertada a transferência do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI).
Além da Senadora, o MDB pleiteia mais dois ministérios, Cidades e Transportes, que contemplariam, respectivamente, as bancadas do partido na Câmara e no Senado.