Conivência dos policiais militares do GSI? Vídeos mostram o momento no qual permitiram a entrada dos bolsonaristas nos prédios públicos.
De acordo com o que foi apurado através de imagens de vídeos divulgados nas redes sociais, produzidos pelos próprios radicais durante os atos de invasão e vandalismo nos prédios dos Três Poderes, os policiais militares do GSI não só não conseguiram reagir à invasão no Planalto, foi ainda mais grave! Permitiram a entrada dos bolsonaristas.
Entoando músicas e “gritos de guerra”, como “eu sou brasileiro com muito orgulho e muito amor”, os vândalos subiram as escadas sem qualquer resistência ou esboço de reação dos militares.
Pior que isto, em vários momentos podia ser percebido que faziam gestos para que a multidão entrasse no ambiente, incentivando a invasão. E o resultado desta ação foi a completa destruição do Palácio do Planalto e enorme acervo artístico. Vários itens foram furtados. A lista completa dos prejuízos já foi divulgada pelo palácio do planalto.
Não é apenas uma “falta de contingente” ou de condições de reação que está sendo tratada, mas da evidente conivência em várias esferas do poder, desde o Governador, Secretário de Segurança do Distrito Federal, como também agentes de segurança pública.
Não é a primeira vez que se registram atos atentatórios contra à democracia perpetrados em série e de forma institucional sem que as devidas punições ocorram. Vale relembrar que durante o segundo turno das eleições a Polícia Rodoviária Federal, chefiada na ocasião por Silvinei Vasques, realizou diversas ações nas rodovias com vistas a impedir o acesso de eleitores às urnas, e ao invés de ser punido, goza, atualmente de uma polpuda aposentadoria que gira em torno de 23 mil reais.
Já chegou o momento de que os poderes democráticos instituídos deixem de agir de forma seletiva sobre a responsabilidade da tentativa de golpe que se observou no último domingo (8). O questionamento que nos resta é se a sociedade brasileira vai se relegar ao papel de plateia inerte ou passará a demonstrar o repúdio ao movimento antidemocrático de forma veemente.
Conforme o ilustre Martin Luther King diz: “O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons”.