Início Brasil Deputada propõe que ministros do STF recebam salário de professor

Deputada propõe que ministros do STF recebam salário de professor

Protesto ou medida educativa? Duda Salabert (PDT) propôs Projeto de Lei para chamar atenção para disparidade salarial entre professores e ministros

A disparidade salarial dentro do serviço público não é uma novidade, mas tem sido alvo de protestos mais acirrados por parte da bancada progressitas, a exemplo da deputada Duda Salabert (PDT), que apresentou um projeto de lei que estabelece paridade salarial entre os salários do presidente, vice-presidente, ministros, deputados, senadores e membros do STF e do STJ e professores.

O projeto prevê que esta paridade deverá ocorrer durante três meses do ano, nos quais devem ter o mesmo valor do piso salarial dos professores da educação básica.

Os ministros do Supremo contam com um salário de R$ 41.650 atualmente. Já o do presidente e de parlamentares é de R$ 39.293. A comparação com o piso do magistério é brutal, sendo o valor de de R$ 4.420.

Vale salientar que o Brasil tem ao todo, 2,2 milhões de pessoas que exercem a profissão de professor na educação básica e 323.376, no ensino superior.

De acordo com a parlamentar mineira, a medida visa chamar a atenção para a disparidade salarial entre professores e autoridades dos três Poderes.

Devemos buscar formas de incentivar um maior investimento público na área da educação, destinando recursos adequados para a melhoria das infraestruturas das escolas, a formação continuada de professores e a disponibilização de materiais didáticos de qualidade”, afirma Duda na proposta.

Vale lembrar, no entanto, que há uma regra na Constituição que diz que apenas o Judiciário pode propor regras sobre o seu próprio funcionamento, no artigo 93 inciso V. Ou seja, não há chance de a proposta avançar.

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